Por Nina Le-Richardson, Diretora de Gerenciamento de Produtos da TNS, Seattle, Washington
Com o serviço comercial 5G aparecendo
nos mercados dos seis continentes, como o roaming 5G funcionará? O 5G proverá
aos usuários serviços globais baseados na capacidade de fazer roaming e acessar
a infraestrutura local nos países visitados.
O roaming global aprimorado é uma
grande vantagem do 5G e sua habilidade de equilibrar o controle do usuário com
conveniência não pode ser subestimada. A continuidade dos serviços globais e a
consistência da experiência dos usuários, quando eles não estão em sua rede
doméstica ou país, é um grande diferencial do roaming 5G. No entanto, deve-se
esperar um tempo de implantação de 5 a 10 anos para o roaming 5GC.
Você pode perguntar: por que tanto
tempo?
À medida que mais redes 5GC forem
instaladas, o roaming entre essas redes também será introduzido. A sinalização
entre redes 5GC precisa ser segura e criptografada. Este assunto será discutido
em mais detalhes em um próximo post no blog.
A realidade é que a maioria das
operadoras existentes implementará a opção 3 não autônoma (NSA). Esta opção de
5G não trará nenhuma mudança na arquitetura e nos procedimentos de roaming
existentes. Cabe ao operador móvel visitante permitir que seus usuários em
roaming de entrada façam uso da rede 5G NSA opção 3, além disso, precisam ser
compatíveis com 4G.
A opção 3 é definida como Nova Conectividade
Dupla de Rádio E-UTRA (EN-DC) e é um recurso 3GPP introduzido para oferecer
suporte às velocidades de dados 5G com redes LTE e rádio existentes, sem a
introdução de elementos de rede 5G. A opção 3 do EN – DC pode ser um recurso
útil para redes heterogêneas, oferecendo rendimento de dados em velocidades de
5G e oferecendo cobertura de roaming 4G confiável já existente.
O termo “conectividade dupla”, na verdade, se refere à conectividade RAN dupla. A Opção 3 não trará alterações na cobertura
de roaming internacional LTE existente ou nos padrões e processos de negócios
de roaming. Depois que a VPMN (Rede móvel pública visitada) implementar a opção
3, o VPMN deve configurar sua instalação EN-DC para permitir que os
dispositivos móveis em roaming de entrada alcancem as velocidades 5G. EN-DC é compatível
com 4G; portanto, a opção 3 permitirá menos interrupções de serviço em roaming,
pois os lançamentos do SA 5GC estão sendo iniciados.
EN-DC também assegura melhor
confiabilidade do sistema, reduzindo as interrupções do serviço consequentes da
perda da mais alta propagação em situações de ondas milimétricas ou
fora da linha de visão no massive MIMO. Com o tempo, mais espectro será
transferido do 4G LTE para 5G NR à medida que o número de dispositivos
compatíveis com 5G aumenta.
O que acontecerá com o 4G e 3G?
Apesar do contínuo crescimento do Sistema
Universal de Telecomunicações Móveis 3G (UMTS) em muitos países para além de
2020, está prevista uma redução global de 3G até 2023. Os fatores que
influenciam a redução de 3G incluem:
Atualmente, os usuários 4G podem
viajar globalmente e sem problemas usando seus dispositivos móveis, devido a
uma série de acordos de roaming neutros em tecnologia herdada entre operadoras
móveis. A maioria desses usuários móveis acessará o 4G LTE com o Circuit
Switched FallBack (CSFB) para voz 3G, devido aos atrasos no lançamento do
VoLTE.
Resumindo, o suporte ao roaming
atualmente não é especificado quando a rede doméstica é apenas EPC e a rede
visitada é apenas 5GC; veja o gráfico abaixo da GSM Intelligence.
Como já foi dito antes neste blog,
mais operadoras estão se concentrando na redução do 3G e no lançamento de
roaming VoLTE. O prazo estimado para o roaming SA 5GC pode ser de cinco a 10
anos.
Leia nossos posts anteriores nessa série "O Hype do 5G", "LTE ou 5G: qual será a tecnologia dominante?" e "5G Não-autônomo vs. 5G Autônomo".
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